Um dos
maiores clássicos do país, o Ba-Vi completará, em 10 de abril, 89 anos de
história. Em quase nove décadas, foram 493 jogos disputados, por diversas
competições.
A partida
de número 494 acontecerá na próxima quarta-feira (17), pelo Baianão 2021. Bahia
e Vitória se enfrentarão em Pituaçu, às 18h.
Mas, o
clássico também será especial fora das quatro linhas. Entre os 25 personagens
que pisarão no gramado para o início do duelo, um será uma mulher.
Trata-se
da árbitra assistente Daniella Coutinho Pinto. Aos 35 anos e em ascensão na
carreira, a baiana de Feira de Santana atuará no seu primeiro Ba-Vi
profissional.
"Foi
uma sensação indescritível. O coração respondeu aceleradamente, eu olhei a
escala uma dez vezes para acreditar, e logo em seguida passou um filme na
cabeça. Me remete as lembranças de tudo que passei até chegar aqui, assim como
vem aquele sentimento bom, que confirma a certeza de estar no caminho
certo", disse sobre o momento que soube da sua escalação.
Daniella
será apenas a segunda mulher a fazer parte do trio de arbitragem de um Ba-Vi
profissional. Antes dela, apenas a ex-árbitra Tânia Regina Saldanha trabalhou
em um clássico.
A
feirense admitiu a responsabilidade com o feito histórico. "Assim como
Tânia deixou as portas abertas, sendo a segunda mulher a atuar no Ba-Vi darei o
meu melhor para dar continuidade, para que outras mulheres tenham a mesma
oportunidade. Tenho total consciência da responsabilidade, pois sei que existem
tantas outras meninas que sonham em atuar em um dos maiores clássicos do
Norte-Nordeste do país".
Até
chegar ao Ba-Vi, Daniella Coutinho construiu uma carreira vitoriosa, que passou
também por outra função na arbitragem. Até 2014, ela atuou como árbitra central
e também obteve destaque nacional, o que a fez chegar ao seleto quadro da FIFA.
Agora
árbitra assistente, ela lembrou as conquistas e justificou a mudança.
"Minha mudança de função aconteceu no segundo semestre de 2014. O único
motivo que me levou a mudar de função foi viver exatamente o que estou vivendo
hoje, exercendo a função de assistente. Ser árbitra central foi uma experiência
maravilhosa, recebi total apoio da Federação Bahiana de Futebol, atuei com
grandes árbitros e cheguei ao quadro da FIFA, mas não me sentia completa. Meu
sonho sempre foi ser árbitra assistente e por esse motivo mudei de função e
estou, agora, em busca de conquistar novos objetivos", afirmou.
A baiana
também não esqueceu de agradecer a quem a ajudou desde o início da carreira.
"Agradeço primeiramente a Deus, por me permitir realizar meus sonhos.
Quero externar, também, minha eterna gratidão ao presidente Ednaldo Rodrigues,
por sempre ter acreditado em mim e me apoiado, ao nosso atual presidente,
Ricardo Lima, que incansavelmente tem dedicado todos os esforços para a
evolução da arbitragem baiana e assim permitindo alcançarmos grandes objetivos.
Agradeço, também, ao nosso presidente da CEAF, Jailson Macêdo Freitas, à toda
Comissão, por sempre apoiarem e confiarem na arbitragem baiana, e ainda à Liga
Feirense de Desportos, quem me permitiu dar meus primeiros passos na
arbitragem. Foi lá onde comecei a carreira e dei meus primeiros apitos",
completou.
Fonte: Fbf
Nenhum comentário:
Postar um comentário